sábado, 11 de janeiro de 2014

Grã-Bretanha

Argentina nunca terá êxito, diz Cameron sobre as Malvinas

Em mensagem de Natal, primeiro-ministro diz que Grã-Bretanha vai continuar a defender arquipélago das investidas do governo de Cristina Kirchner

Moradores das Malvinas comemoram resultado do referendo que aprovou a soberania britânica. Cameron diz que tudo continua igual em 2014
Moradores das Malvinas comemoram resultado do referendo que aprovou a soberania britânica. Cameron diz que tudo continua igual em 2014 (Marcos Brindicci / Reuters)
         
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, enviou uma mensagem de fim de ano para os kelpers, como são chamados os habitantes das ilhas Malvinas, em que diz que a Grã-Bretanha vai continuar a defender a soberania do arquipélago em 2014. "O governo britânico vai continuar com seus compromissos de manter a soberania e segurança das ilhas. O governo argentino nunca terá êxito em deturpar a história das ilhas e questionar o seu direito à autodeterminação. A Grã-Bretanha sempre estará pronta para defender as Falklands. Nosso compromisso com vocês é mais forte do que nunca", ressaltou Cameron.

O premiê relembrou o referendo de março, em que 99,8% dos cerca de 1 500 votantes confirmaram que querem permanecer sob controle dos britânicos, consequentemente rejeitando a Argentina, que reclama o arquipélago há décadas. "Vocês não poderiam ter mandado uma mensagem mais clara: as ilhas são britânicas do começo ao fim e é assim que devem continuar. E essa é uma decisão que o mundo precisa respeitar e honrar."

Cameron também classificou como "vergonhosas" recentes iniciativas argentinas que visam impedir a exploração de petróleo nas ilhas. Citou, especificamente, uma lei aprovada em novembro que pune com até quinze anos de prisão petroleiros que operem nas Malvinas (e pisem em seguida em solo argentino). "Em 2014 vocês vão continuar contando com o apoio do governo britânico  para combater a campanha do governo argentino para reivindicar os recursos da ilha e infligir danos à sua economia", disse. "Vocês têm todo o direito de explorar seus recursos naturais. As tentativas do governo argentino de impedir isso não terão êxito".

Cristina Kirchner - Como prova de que não pretende desistir da briga já perdida, Cristina Kirchner criou no apagar das luzes de 2013 uma secretaria específica para cuidar dos assuntos relacionados ao arquipélago, informou o jornal argentino Clarín. O novo órgão terá a missão de "implementar as estratégias e ações do ponto de vista da política externa nas relações com todos os países para a melhor defesa dos direitos e interesses argentinos", e será comandado por Daniel Filmus, que foi ministro da Educação, Ciência e Tecnologia no governo Néstor Kirchner.

A secretaria vai atuar no âmbito do Ministério das Relações Exteriores, que indicou que a criação do órgão "é uma reafirmação do profundo compromisso com uma causa que não só é dos argentinos, mas também de todos os povos que lutam pelo fim do colonialismo e pelo respeito à integridade territorial das nações independentes".

Se a poderosa reação inglesa à invasão das Malvinas levou menos de um ano para enterrar o orgulho patriótico argentino, a presidente Cristina Kirchner tenta dar sobrevida ao tema e inflá-lo à fantasiosa categoria de ‘causa global’, sem considerar a vontade dos kelpers. Em sua mensagem aos habitantes das ilhas, o premiê britânico fez questão de lembrar Margaret Thatcher, responsável pela operação que acabou com as ambições argentinas após a invasão de 1982. “Sei que ela tem um lugar especial no coração de vocês”, disse Cameron, ao citar a morte da Dama de Ferro, em abril deste ano.


link:


http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/em-mensagem-de-natal-cameron-diz-que-gra-bretanha-sempre-vai-defender-malvinas

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