sábado, 6 de outubro de 2012

Argentina em notícias!!!

Policiais protestam enquanto governo analisa reivindicações

Mobilizações das Forças de Segurança e da polícia, que não são autorizadas no país, não têm precedentes. Presidente Cristina Kirchner permanece em silêncio.


Cristina passou a quinta-feira em consecutivas reuniões com autoridades argentinas
Cristina permanece em silêncio sobre os protestos (Alejandro Pagni / AFP)

Policiais de fronteiras e vias navegáveis da Argentina anunciaram nesta quinta-feira a intenção de manter o inédito protesto iniciado nesta semana, enquanto o governo analisa suas reivindicações trabalhistas. "A única coisa que queremos é um piso salarial", explicou nesta quinta-feira o gendarme Raúl Maza, porta-voz dos manifestantes. O piso pretendido gira em torno de 7.000 pesos, um pouco mais de 3.000 reais.


Os representantes da Gendarmeria e da Prefeitura Naval entregaram nesta madrugada ao secretário de Segurança, Sergio Berni, um documento com suas principais exigências para que o governo possa analisá-las e dar uma resposta que, segundo disseram os manifestantes em assembleia, poderia ser aguardada até a próxima terça-feira.
O conflito explodiu na última terça-feira, em um protesto contra a redução salarial que supôs para milhares de agentes cortes de 30% e 60% de seu salário. Os protestos, sem precedentes em um país onde as mobilizações das Forças de Segurança e da polícia não são autorizadas, provocaram a substituição de 20 generais das cúpulas da Gendarmaria e da Procuradoria.
Em meio ao silêncio da presidente argentina, Cristina Kirchner, o chefe do governo de Buenos Aires, o conservador Mauricio Macri, chamou os manifestantes ao diálogo na quarta-feira e pediu às forças de segurança que evitassem os protestos nas ruas. Neste sentido, o Parlamento também pediu aos agentes para buscarem uma solução pacífica.
(Com agência EFE).


Popularidade de Cristina Kirchner não para de cair

Segundo pesquisa, 60,3% da população argentina desaprova a atual gestão da presidente, o dobro que o registrado em outubro de 2011

A presidente Cristina Kirchner, durante evento de apresentação da diretoria da YPF
A presidente Cristina Kirchner, durante evento de apresentação da diretoria da YPF (Leo La Valle/EFE)
A popularidade da presidente argentina, Cristina Kirchner, segue em queda, revela uma pesquisa publicada neste domingo pelo jornal Clarín. A enquete mostra que a avaliação positiva da governante caiu para 24,3%, contra 30% em agosto e 63% em outubro 2011, quando foi reeleita.

Aproximadamente 60,3% da população argentina desaprova a atual gestão de Cristina, o dobro do que foi registrado em outubro de 2011, revelou a enquete realizada pela empresa de consultoria Management & Fit (M&F) entre os dias 21 e 29 deste mês, poucos dias depois de um grande protesto nas ruas. Na ocasião, milhares de pessoas se reuniram para reivindicar mudanças em sua política governamental, além de medidas para frear a elevada inflação e a insegurança.
De acordo com esta mesma pesquisa, 72,2% dos entrevistados assinalaram que estão de acordo com o panelaço "como forma de reivindicação", embora apenas 50% destes estariam dispostos a participar de um protesto como o do último dia 13 de setembro em Buenos Aires.
A diretora da M&F, Mariel Fornoni, declarou ao jornal Clarín que a pesquisa evidencia "uma situação de empatia" com o panelaço e acrescentou que "as pessoas pedem soluções urgentes em relação à insegurança, corrupção, inflação e, inclusive, pela liberdade".
No último ano, a economia argentina freou bruscamente seu ritmo de crescimento, e o governo rebaixou a 3,8% a previsão de aumento do PIB para 2012, contra 9,2% do último ano. O governo reconhece uma inflação anualizada de 10%, segundo números oficiais que foram questionadas pelo Fundo Monetário Internacional, mas as consultoras privadas elevam esse número até 24%. Para a realização desta enquete, que possui uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais, os organizadores ouviram 2.259 pessoas.
(Com agência EFE) 

Caso Clarín: organismos de imprensa condenam Cristina

Grupo de comunicação argentino teme que governo atropele processo judicial em andamento e exproprie alguns de seus canais de TV em dezembro

Cristina Kirchner, presidente argentina
Cristina Kirchner, presidente argentina (Leo La Valle/EFE)
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) e a Associação Internacional de Radiodifusão (AIR) repudiaram a campanha movida pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, para retirar a licença do Grupo Clarín – um dos maiores expoentes da mídia opositora no país.

O governo pede que o grupo se adeque à Lei de Mídia, que, sob o argumento de evitar monopólios, prevê que empresas privadas de comunicação não tenham mais que um canal na TV aberta em uma mesma localidade. O Clarín, que possui quatro emissoras na TV aberta, obteve uma medida cautelar que expira no dia 7 de dezembro, podendo ser renovada por mais um ano, mas teme que Cristina exproprie seus canais antes disso.
Em entrevista ao site de VEJA, Martin Etchevers, assessor de comunicação do Grupo Clarín, disse acreditar que "a expropriação seria um ato ilegal, mas, lamentavelmente, podemos esperar por esse castigo”.  “Acreditamos que é uma represália a quem faz uma cobertura jornalística independente na Argentina”, afirmou.
O próprio jornal Clarín publicou declarações da SIP rechaçando “as ameaças do governo contra o grupo” e condenou que seja deslegitimada a justiça do país. Um recurso de inconstitucionalidade de diversos artigos da Lei de Mídia, sancionada por Cristina em 2009, que podem decidir o caso, ainda está em julgamento.

O AIR, por sua vez, informou que observa com “grande preocupação a situação que afeta os meios de comunicação na Argentina, em particular o Grupo Clarín”, diante do que classificou como “uma sistemática ofensiva de hostilidade e intimidação” do kirchnerismo.

Segundo o organismo, a aplicação da medida “significaria uma drástica redução dos meios de comunicação independentes que subsistem na Argentina, com a consequente perda de canais de expressão que permitem o exercício da crítica política e do escrutínio público, condições essenciais de uma democracia”.
Charly Diaz Azcue/EFE
Reforma da Constituição para permitir novo mandato de Cristina Kirchner é rejeitada
Panelaço contra Cristina Kirchner, na Argentina

Panelaço em Nova York – Poucos dias após um panelaço em Buenos Aires, que pedia o fim de seu governo, Cristina deve ser alvo de uma marcha amanhã em Nova York, onde se encontra para participar da 67° Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Os manifestantes devem se encontrar a poucos metros do hotel onde a presidente estará hospedada, como publicou o jornal La Nación.

Segundo a página do movimento no Facebook, o ato é destinado aos argentinos que moram na região, que amam e defendem a liberdade e não querem ver “sua pátria se afundar na ruína populista-chavista que propõe a ditadura” governada por Cristina.


Cristina agora quer saber qual jornal os argentinos leem 

Questionário da Administração Federal de Receitas Públicas pergunta como os contribuintes se informam e se escolha é definida por afinidades

A presidente Cristina Kirchner exibe edição do jornal 'Clarín' durante pronunciamento
A presidente Cristina Kirchner exibe edição do jornal 'Clarín' durante pronunciamento (Reprodução TV)
As agências da Administração Federal de Receitas Públicas (Afip) da Argentina começaram a entregar um questionário de oito páginas para saber como se informam os contribuintes do país e em quais jornalistas confiam, informou nesta terça-feira o jornal ‘Clarín’. A Afip argumenta que o objetivo do questionário é “determinar as vias mais adequadas de difusão” de suas mensagens. Acrescenta ainda que o preenchimento não é obrigatório.
O diário argentino afirma que, pela histórico de pressão do governo contra quem discorda dos relatos oficiais, as perguntas estão mais direcionadas para monitorar os jornalistas do que melhorar a comunicação com a população. A oitava pergunta, por exemplo, quer saber qual o apresentador ou jornalista de rádio o cidadão mais escuta e se a audiência é por “coincidir com o seu ponto de vista ou opinião”.
Os questionários que eram realizados até hoje pela Afip visavam medir o impacto de sua publicidade ou sobre a navegabilidade do site da instituição. A “preferência dos meio de comunicação” é a primeira pesquisa em que o contribuinte deve expressar afinidades ideológicas. O diário afirma que a sondagem é preocupante se for analisado o contexto dos últimos meses, em que houve perseguição contra pessoas que fizeram declarações aos jornais.
O governo da presidente Cristina Kirchner não dá trégua aos meios de comunicação independentes da Argentina. Ela não responde perguntas dos veículos críticos à administração desde 2008, primeiro ano de seu mandato, e aumentou as verbas de publicidade estatal para empresas que apoiam o governo.


Cristina Kirchner fala na TV pela 17ª vez no ano e irrita argentinos

A mensagem, realizada em ocasião do ‘Dia da Indústria’, teve uma duração de uma hora e cinco minutos no horário de maior audiência da TV

Cristina Kirchner
Cristina Kirchner (Dan Kitwood/Getty Images)
A legislação da Argentina prevê que o presidente tem direito de interromper a programação televisiva para discursar em ocasiões excepcionais. A palavra "excepcional", no entanto, parece ter um significado peculiar para  Cristina Kirchner. Na noite de segunda-feira, ela fez uso deste "direito" pela 17ª vez no ano. Seu discurso, realizado em ocasião do ‘Dia da Indústria’, durou uma hora e cinco minutos, no horário mais caro e de maior audiência da televisão local.
Leia também: Cristina diz ser reencarnação de 'grande arquiteto egípcio'
O jornal La Nación publicou que, pouco depois de Cristina entrar no ar, panelaços – manifestação bastante popular no país – foram registrados em bairros portenhos como Belgrano, Palermo e Recoleta, entre outros. Os manifestantes se diziam descontentes por perder a programação em razão de um capricho de Cristina.
O El Clarín destacou que, “nesta noite, aumentaram muitíssimo os questionamentos (à presidente), inclusive entre vários famosos simpatizantes K (kirchnerista). Estavam irritados porque, desta vez, Cristina não lhes deixou ver seus programas de TV prediletos”.
O periódico ainda apontou que, neste ano, Cristina falou por 14 horas, 19 minutos e 23 segundos em cadeia nacional. Em 11 de março, em seu discurso mais longo, ela esteve mais de três horas no ar. Sua mensagem mais curta, proferida em julho, durou 15 minutos.


Argentina: crítico de Cristina Kirchner é afastado de cargo

O radical Leandro Despouy era presidente da AGN - organismo que controla os gastos do governo. A oposição considerou a medida 'infundada e arbitrária'

Leandro Despouy
Leandro Despouy, até então presidente da AGN (Martial Trezzini/AP)
O presidente da Auditoria-Geral da Nação (AGN), Leandro Despouy, um crítico do governo de Cristina Kirchner, foi afastado do cargo nesta quinta-feira. A AGN, órgão ligado ao Congresso argentino, controla os gastos do governo. O afastamento foi definido pela comissão mista revisora das contas do Congresso, segundo informação do jornal Clarín. A comissão é formada por maioria kirchnerista.
A minoria opositora no colegiado reagiu à decisão, que foi considerada "irregular". Vice-presidente da comissão, o senador Gerardo Morales (União Cívica Radical) acusou os governistas de "querer ficar com tudo", segundo informação do jornal La Nación.
Leandro Despouy sustentou que a decisão é “infundada e arbitrária”, dizendo que seguirá no cargo e que o ato de “vandalismo institucional” terá repercussão nacional e internacional.
Para justificar o afastamento, o presidente da comissão, deputado Fabián Ríos (Frente para a Vitória), disse que o mandato de Despouy venceu em março de 2010 e que o comando da AGN deveria ter sido considerado vago.
A oposição afirmou que a designação de um novo presidente poderia demorar, mas Ríos afastou a crítica, citando o nome de outro integrante da União Cívica Radical, Horacio Pernasetti. O presidente da comissão disse que a definição do novo presidente da AGN "será automática, uma vez que o partido radical o designe".
Uma lei obriga que a Auditoria-Geral da Nação seja presidida pela primeira força oposicionista do país.

Caso Clarín: Kirchnerismo estaria tentando burlar o poder judiciário

O governo pede que o Grupo Clarín se adeque à Lei de Mídia, sob o argumento de evitar monopólios

A presidente Cristina Kirchner: em rota de colisão com a imprensa argentina
A presidente Cristina Kirchner: em rota de colisão com a imprensa argentina (Daniel Garcia/AFP)
Forças do governo de Cristina Kirchner estão tentando burlar o sistema judicial, a fim de colocar juízes simpatizantes do regime entre os magistrados que irão decidir o futuro do Grupo Clarín – o maior conglomerado de comunicação na Argentina, que vem sofrendo uma perseguição governista - denunciaram veículos da imprensa local nesta segunda-feira.

Informações publicadas pelo jornal La Nación, e pelo próprio Clarín, apontam que o Conselho Judicial, órgão que define novos juízes, vai se encontrar ainda nesta segunda-feira, ocasião em que membros kirchneristas devem forçar a perda de direito de voto de dois opositores. Com isso, os governistas passariam a ter maioria no organismo, podendo aprovar a entrada de magistrados favoráveis ao governo para atuar no julgamento da Lei de Mídia, que pode resultar na perda da licença do conglomerado.

Segundo o Clarín, “assim, o kirchnerismo conseguiria o número, que não tem sozinho, para aprovar um concurso que está impugnado judicialmente por irregularidades (...) Desta forma seria alterada a relação de forças prevista pela lei para designar juízes”.

Concurso – Segundo o jornal La Nación, o concurso em questão, que aprovou os nomes que cuidarão do julgamento do caso Clarín, entre outros, teria sido manipulado para favorecer candidatos de confiança do Kirchnerismo. Uma das pessoas que o governo buscava nomear é María Lorena Gagliardi , que no concurso para juízes, subiu miraculosamente do 15° lugar para o 6° e vai entrar na convocação ampliada do Conselho Judicial. A publicação Perfil divulgou recentemente comentário atribuído a ela de que teria sido ‘a eleita’ para decidir o caso Clarín.

Lei de Mídia – O governo pede que o Grupo Clarín se adeque à Lei de Mídia, que, sob o argumento de evitar monopólios, prevê que empresas privadas de comunicação não tenham mais que um canal na TV aberta em uma mesma localidade. O Clarín, que possui quatro emissoras na TV aberta, obteve uma medida cautelar que expira no dia 7 de dezembro, podendo ser renovada por mais um ano, mas teme que Cristina exproprie seus canais antes disso.


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