quarta-feira, 30 de abril de 2014

Perdemos o controle sobre nós mesmos



A cada dia que passa, chego à conclusão de que os problemas do Brasil são encarados como uma caspa: basta passar um creme, um remédio qualquer, e tudo voltará às mil maravilhas.
A verdade é que se o mundo fosse uma sala de aula, nosso povo sentaria no fundão, alvo de desdém por parte dos professores e dos colegas e até mesmo dos valentões repetentes. Isto acabou despertando um sentimento de prepotência que independe da classe econômica e social do indivíduo ou da própria comunidade. A farra está institucionalizada. Daí para a barbárie é um passo.
Veja por exemplo o que está acontecendo no Rio de Janeiro. Os morros cariocas continuam um verdadeiro inferno incontrolável de violência, banditismo e ausência de qualquer coisa semelhante ao que chamamos de “ordem”. Não adianta governador e prefeito aparecerem na TV dizendo quer tudo está pacificado. Mentira. O Rio hoje é uma terra de ninguém, como uma cidade do velho Oeste apavorada com a guerra entre os bandos dos irmãos Dalton e os irmãos Malloney. E assim estão também as capitais do Brasil.

Agora voltam a surgir “justiceiros” fazendo o trabalho da polícia, o que é um absurdo total. O pior é que este tipo de atuação é aplaudida por grande parte da sociedade, já que a Polícia, aos olhos da população, não passa de mais uma instituição corrupta, colocada no mesmo balaio dos políticos desonestos que infestam todas as esferas – municipal, estadual e federal. Em milhões de corações bate a saudade daquela “ordem militarista”, imposta pelos recônditos mais conservadores da nossa sociedade em um passado não tão remoto.

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