CAROLINA OMS
DE BRASÍLIA
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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ser importante que a redução dos impostos da cesta básica chegue o mais depressa possível para a população.
Mantega também quer que a redução "chegue logo nos índices de inflação, para que caiam mais rapidamente".
Desoneração da cesta básica será repassada na terça, dizem supermercados
Na tarde desta segunda-feira (11), Mantega se reuniu com os donos de supermercados e empresários da indústria de alimentos para pedir ao setor que o corte de tributos seja repassado aos preços dos produtos.
Segundo o ministro, os empresários se comprometeram a repassar as reduções "o mais depressa possível". A medida está "afinada com a prioridade do governo de reduzir tributos de diversos segmentos da sociedade brasileira, da produção e do consumo", disse Mantega.
Mantega afirmou ainda que a medida permite que o consumidor tenha mais alternativas de compra, permitindo que a economia feita com esses alimentos possa ser gasta com a compra de outros alimentos ou de bens duráveis.
SUPERMERCADOS
O presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Fernando Yamada, disse que o repasse integral da redução dos impostos da cesta básica para os preços ao consumidor vai depender também da indústria alimentícia. "Acreditamos em um repasse integral, mas não depende só do setor. Depende do repasse da indústria também."
Para o presidente da Abras, a carne vai ser um dos itens com maior redução de preço "porque estava muito onerada. Inicialmente, achamos que a diferença do preço começa em torno de 6%".
REDE NACIONAL
Na sexta-feira (8), a presidente Dilma Rousseff anunciou que o governo zerou os tributos federais que incidiam sobre a cesta básica de alimentos. Em discurso de 11 minutos em cadeia nacional de rádio e TV, ela disse ter reformulado a cesta básica e incluído produtos de higiene pessoal, limpeza e, segundo ela, "de maior valor nutritivo".
A desoneração de tributos inclui carnes (bovina, suína, aves, peixes, ovinos e caprinos), café, óleo, manteiga, açúcar, papel higiênico, pasta de dente e sabonete, e o impacto anual estimado pelo governo é de R$ 7,4 bilhões --R$ 5,5 bilhões neste ano.
No pronunciamento, a presidente foi direta: "Conto com os empresários para que isso signifique uma redução de pelo menos 9,25% no preço das carnes, do café, da manteiga e do óleo de cozinha e de 12,5% na pasta de dentes e nos sabonetes, só para citar alguns exemplos".
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