quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O TRIUNFO DA AUSTERIDADE: ANGELA MERKEL VENCE, MAS A GRANDE MÍDIA DOMINADA PELOS COMUNISTAS ALARDEAVA QUE SERIA CASTIGADA NAS URNAS. NÃO FOI!

Bloco conservador de Angela Merkel foi vitorioso. Comunistas tiveram votação pífia mesmo ajudados pela grande mídia. 
Quem lê apenas os jornais da grande mídia nacional internacional e vê as redes de televisão, ficou obviamente com a impressão que os PTs da Alemanha iriam detonar o bloco conservador da chanceler Angela Merkel. Havia até mesmo pesquisas divulgadas principalmente por agências de notícias internacionais, esses viveiros de tarados ideológicos, afirmando que o um novo partido, o anti-euro Alternativa para a Alemanha (AfD), poderia ter uma surpreendente performance, porém só conquistou 4,7% dos votos e ficou fora do parlamento, enquanto o radical Partido da Esquerda, conseguiu apenas 8,4%, ficando em terceiro lugar.

O resultado eleitoral na Alemanha confirmou Merkel pela terceira vez. Por um triz não conseguiu a maioria absoluta, embora o esquerdismo dominante no meio jornalístico global tenha feito o diabo para fazer crer que a bandalha comunista faria enorme votação e que Merkel correria o risco de ir para o vinagre. Não foi isso que aconteceu.

A política econômica conservadora de Angela Merkel, baseada na austeriade, foi consagrada pela sua vitória, ainda que tenha de alinhavar alguns acordos com os PTs alemães, que continuam sendo a esmagadora minoria.

É bom lembrar que os australianos também deram vitória para um conservador nas recentes eleições ocorridas nesse país. Mais adiante vou me referir a isto em outro post. Ocorre que a máquina de propaganda comunista da grande mídia escamoteou a vitória conservadora na Austrália. Na Alemanha, também deu com os burros n'água como se constata no resultado do pleito. 

A verdade é que depois de uma espécie de farra comunista praticamente em todo o planeta, os cidadãos estão vendo que milagres não existem e as soluções, quando economia vai mal, têm de ser buscadas no simples e conciso receituário do bom e velho capitalismo: apertar o cinto. Aliás, quem fala muito o tempo todo são os esquerdistas e seus teóricos idiotas. Eles são os responsáveis - sempre - pelo descalabro na gestão da economia. Tanto é que bloco conservador de Merkel venceu. E venceu bem. 

Transcrevo como segue a notícia do site de Veja. Logo abaixo, um matéria especial, também de Veja, intitulada: "Austeridade: a ideia poderosa que dá vida ao capitalismo", que vale muito ser lida. É uma aula. Leiam:

A chanceler alemã Angela Merkel obteve uma grande vitória pessoal nas eleições legislativas deste domingo.Os resultados divulgados até agora dão a seu bloco conservador, formado pela União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã Bávara (CSU), 41,5% dos votos – o desempenho eleitoral mais expressivo desde 1990, ano da unificação alemã. Os números representam um sinal de apoio à sua firme liderança na crise do euro. Na eleição de 2009, o bloco de Merkel conseguiu 33,8%.  
Mas o "super-resultado" deste domingo, como qualificou a primeira-ministra, não foi suficiente para garantir a primeira maioria absoluta no Parlamento em meio século. Foi por um triz: segundo projeções da imprensa alemã, os dois partidos da coligação de Merkel, CDU e CSU, conquistaram 301 cadeiras, faltando apenas três para as 304 necessárias à formação da maioria absoluta caso se confirme um número total de 606 parlamentares na Bundestag, a Câmara Baixa – pela legislação alemã, esse número varia a cada eleição e só será confirmado nesta segunda, quando os resultados finais forem anunciados. 
Com isso, não se confirmará a expectativa da premiê governar sozinha, o que não ocorre desde que o primeiro-ministro conservador, Conrad Adenauer, conseguiu essa façanha em 1957. Como o partido FDP (Partido dos Democratas Livres), aliado de Merkel no governo atual, não obteve o mínimo de 5% dos votos para ter representação no Parlamento (ficou com 4,8%), a chanceler terá que formar uma nova coalizão.
Os alvos são os Verdes, que ficaram com 8% dos votos, e o segundo maior partido alemão, o centro-esquerdista Social-Democrata (SPD), liderado pelo ex-ministro das Finanças Peer Steinbrueck, que atingiu 26,4% – o segundo pior resultado da legenda desde a Segunda Guerra Mundial. O radical Partido da Esquerda deve se confirmar como a terceira maior força, com cerca de 8,4%. Um novo partido, o anti-euro Alternativa para a Alemanha (AfD), também ficou fora do Parlamento após conquistar só 4,7%.
Merkel comemorou diante de seus partidários: "Este é um super resultado. Faremos tudo o que pudermos nos próximos quatro anos juntos para torná-los anos de sucesso para a Alemanha". Se cumprir o mandato pelo menos até 2017, ela se tornará a líder europeia mais longeva no poder, superando Margaret Thatcher, que foi primeira-ministra da Grã-Bretanha por 11 anos. Merkel está no poder desde novembro de 2005. Do site da revista Veja
Austeridade: a ideia poderosa que dá vida ao capitalismo
Quando um indivíduo cheio de dívidas e inadimplente se vê forçado a reduzir seus gastos e vender bens para saldar débitos e ‘limpar o nome’, pode-se dizer que ele se torna austero – que passa a mostrar rigor e disciplina. Convertida em doutrina econômica, a austeridade talvez não tenha muito charme, mas é uma ideia poderosa. A adoção dessa doutrina é o que tem garantido que nações como Grécia e Irlanda consigam reduzir seu endividamento público para retomar, no futuro, uma trajetória de crescimento sustentável. A Alemanha é encarnação da austeridade. E a chanceler Angela Merkel, que deverá ser reconduzida ao poder neste domingo, é sua maior defensora. A provável vitória de Merkel – com o aplauso de outros países europeus – evidencia a consciência europeia de que ‘cortar na carne’, por vezes, é um mal necessário.
Apesar de se mostrar uma alternativa dolorosa, especialmente para os países guiados pelo modelo de bem-estar social, a austeridade se faz necessária para manter o mundo – onde as economias estão cada vez mais interligadas – em certo equilíbrio. Ela tem defensores e críticos eloquentes, sobretudo porque os países que implementaram os cortes para reduzir a dívida ainda não deram sinais de crescimento. O professor de Relações Internacionais da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, Mark Blyth, em seu livro Austerity – The History of a Dangerous Idea (Austeridade – A História de uma Ideia Perigosa), cita o economista britânico John Maynard Keynes para embasar suas restrições ao modelo. “Keynes estava certo ao dizer que a austeridade é, sim, necessária. Porém, em períodos de crescimento acelerado da economia, e não quando há crise”, diz Blyth.
John Locke, pai do estado liberal
O surgimento - O professor de origem escocesa fez uma ampla pesquisa sobre as origens do modelo de austeridade e constatou que suas raízes estão fincadas na Grã-Bretanha do século XVII, nas mãos do filósofo John Locke, o pai do estado liberal. “Locke era um revolucionário econômico. Ele fundamentou no direito à propriedade privada toda a sua noção do que constitui uma regra legítima. Sem isso não haveria liberalismo econômico, separação entre mercado e estado e o capitalismo como o conhecemos hoje”, escreve o professor. Blyth explica que Locke foi o primeiro a atentar para o fato de que os gastos da realeza criavam uma dívida que era paga pelos impostos da população e que isso impedia os mercadores de prosperar, não importasse a ‘vontade de Deus’. “Ele era contra os ganhos do estado a todo custo e acreditava que era preciso diminuir a capacidade de o estado de extrair mais recursos da  população”, afirma o autor. A redução do papel do estado na economia é um dos principais pilares da doutrina que hoje é aplicada aos países europeus em crise.
Além de Locke, dois escoceses  tiveram papel primordial no desenho do que viria a ser a austeridade. Primeiro, o filósofo e economista David Hume, a quem o endividamento público causava repulsa. Hume era contra a emissão de dívida não só porque, para ele, se tratava de um artifício arriscado, mas também porque era politicamente hipócrita, já que permitia que governos se endividassem para agradar aos eleitores, quando, na verdade, a real necessidade era de aumento de impostos. O segundo, contemporâneo de Hume, foi Adam Smith — que não apenas criticou o endividamento público, como também encontrou uma solução para ele. “Para Smith, o dinheiro fácil conseguido por meio da rentabilidade de títulos da dívida subvertia a parcimônia, que, para ele, era o motor do crescimento e do progresso. É por isso que ele defendia que a dívida pública fosse combatida e que a austeridade, na forma de parcimônia, fosse adotada”, escreve o autor.
A prática - A doutrina só saiu do papel e foi, de fato, aplicada na década de 1930, durante a Grande Depressão que sucedeu a crise de 1929, nos Estados Unidos. Por uma década, a economia americana e se contraiu como resultado de intensos cortes de gastos e a taxa de desemprego chegou a 25%. Na segunda metade da década, o Congresso americano aprovou novos cortes, aumentou impostos e conseguiu eliminar um déficit de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Como resultado, a economia recuou 11% entre 1937 e 1938. A retomada só aconteceu na década de 1940, período em que o keynesianismo ganhou força, tendo como oponente a escola austríaca, cujo principal nome foi Friedrich Hayek.
A Alemanha também foi uma das primeiras a colocar em prática a política de austeridade para tentar conter a hiperinflação e uma década de política anticíclica estimulada pelo governo. O então líder do partido de centro, Heinrich Bruning, escolhido como chanceler em 1930, implementou uma série de reformas e cortes de gastos que pegaram de surpresa uma população acostumada com o expansionismo econômico desde o final da Primeira Guerra. Para Blyth, foi essa austeridade abrupta e desmedida que permitiu a chegada ao poder do Partido Social Democrata de Adolf Hitler. “Eles eram os únicos que não defendiam a austeridade e tinham alguma chance de ganhar”, escreve o autor.
Após a Segunda Guerra, a Europa escondeu e enterrou qualquer vestígio de aperto fiscal. Parcimônia, como previa Adam Smith, foi um conceito esquecido até a chegada da crise financeira de 2008. Durante a segunda metade do século XX, países como França, Alemanha e Grã-Bretanha tiveram de ampliar o déficit fiscal para arcar com os benefícios previdenciários de uma população envelhecida. No caso da Grécia, houve outro tipo de agravante: maquiagem nas contas públicas e a entrada para a zona do euro, o que impedia o país de desvalorizar sua moeda para aumentar sua competitividade. Segundo o economista Otaviano Canuto, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Banco Mundial, diante do cenário pós-crise de 2008, depois que todos os erros já haviam sido cometidos, a única saída para os países – sobretudo os periféricos – era cortar gastos, estivesse Keynes de acordo ou não. “Quando o crédito bancário secou, toda uma estrutura de financiamento do consumo que estava pautada no ingresso de dinheiro deixou de existir. Diante disso, não havia outra saída a não ser passar pela austeridade. O que cabe discutir é se o processo de ajuste poderia ser menos doloroso”, afirma.
A intensidade - As críticas sobre o quão intensos foram os cortes recaem, em especial, sobre a Alemanha de Merkel. Ela foi a responsável por orquestrar, junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), as contrapartidas que os países resgatados seriam obrigados a cumprir para receber os aportes financeiros para sanar suas contas. Com o desemprego na Grécia atingindo 27%, e na Espanha 30%, além de uma previsão de contração de 0,6% para a zona do euro em 2013, muitos economistas que outrora levantavam a bandeira da austeridade acima de todas as outras, como o pesquisador de Harvard Kenneth Rogoff, começam a questionar não o modelo, mas sua intensidade. O ponto crucial é a crença de que a política de austeridade alemã foi implementada de maneira tão truculenta nos países periféricos para que a própria Alemanha receba deles o pagamento pelos títulos públicos que detêm. “A Alemanha precisa aceitar e desistir de receber pelos títulos. Ela nunca vai conseguir receber tudo. Se a situação fosse oposta e a Alemanha fosse o devedor, a filosofia em torno da austeridade seria outra”, afirma Rogoff.
No início de 2013, Rogoff foi alvo de um bombardeio no mundo econômico (ao lado da também economista Carmen Reinhart) justamente devido ao tema da austeridade. Em janeiro de 2010, Rogoff e Reinhart produziram um estudo intitulado Crescimento em Tempos de Dívida, que afirmava que um endividamento público superior a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) era nocivo para as economias. O texto foi amplamente utilizado pelos governantes europeus e pelo partido Republicano nos Estados Unidos para justificar políticas de aperto fiscal num ano em que o mundo ainda sofria os efeitos recessivos da crise. Mas um novo artigo publicado no início deste ano pelo economista Thomas Herndon apontava erros no estudo da dupla Rogoff e Reinhart. Assim, muitos defensores de políticas de estímulo aproveitaram o novo texto para desqualificar não só a teoria da austeridade, como também os renomados economistas. “Foi um ataque sem fundamentos e usado politicamente, cheio de omissão seletiva de informações, má interpretação e declarações falsas”, disse Rogoff ao site de VEJA.
A questão envolvendo os economistas norte-americanos evidencia o entusiasmo que o tema evoca em tempos de economia cambaleante. Em Austerity, Mark Blyth escolhe claramente um lado da discussão: ao valer-se de argumentos técnicos e históricos, mostra, de maneira até mesmo passional, que a austeridade nem sempre é o melhor caminho em momentos de crise. Contudo, recai no clichê ao afirmar que a escolha pela austeridade sempre está nas mãos de governantes que dificilmente terão suas vidas modificadas pela piora dos serviços públicos decorrente de um aperto fiscal. Assim, Blyth reduz a discussão à retórica da luta de classes. Como alternativa, sugere que a austeridade seja substituída pelo aumento de impostos. Mas não explica como, sem cortes de gastos, é possível impedir que um país minúsculo como a Grécia dê o calote em sua dívida e arraste consigo um continente inteiro, numa espiral de pânico e derretimento da economia mundial. Do site da revista Veja

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