quarta-feira, 20 de março de 2013

Miojo e erros de português fazem a festa no enem!!


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Se você achava que a Educação no Brasil estava longe de ser o caos que é, pode descansar sossegado, pois você está certo. Ela está pior do que se pensava. Bem, quer dizer, não é que ela esteja pior, simplesmente temos plena noção de como as coisas andam, não só por parte dos alunos como por parte dos ridículos sistemas tapa-buraco em que a aprovação automática se transveste com outros nomes bonitinhos, como ENEM, por exemplo.
Meritocracia é algo que está moribundo, pois diversos assistencialismos e políticas do "pobre-coitado" abundam. Isso vemos bem com o que rolou nas provas de Redação do ENEM de 2012, onde não só tivemos verdadeiros genocídios linguísticos até receita de miojo.

O grau de insânia está em níveis tão alarmantes que alunos praticamente incapazes de escrever corretamente não foram agraciados com boas notas, apenas. Eles tiraram nota máxima! Verdadeiros acicates à língua-mater como "rasoavel", "enchergar", "trousse" e outras aberrações ortográficas coroaram a falência educacional neste país. Isso se deve ao fato da escória que infesta colégios e espraiam suas ridículas teorias educacionais já falidas quando do surgimento. O ditado não é mais bem visto, corrigir com caneta vermelha é antipedagógico e mostrar pro aluno que ele errou o deixará traumatizado. Esse trauma é sério, gente! Vai que ele passe a escrever direito, leia mais e pense. Daqui a pouco o que restará a eles? Chegarem à conclusão que esta ralé pedagógica não serve nem para decorar parede? Eleger deputados e senadores com mais consciência?
Uma das principais competências a serem avaliadas nas provas de redação do ENEM, segundo o próprio manual do candidato é "domínio da norma padrão da língua escrita". Que dom´pinio é esse em que não se sabe escrever? Quando avisamos que esse negócio de escrever feito retardado na Internet influencia, relincham que não, que é informal. Taí o resultado. Quem é alfabetizado continua sendo alfabetizado. Que não é, continua "escrevendo" seus dejetos mentais, seja no "feice", seja numa prova séria.
Sabemos que isso aconteceu pois o MEC foi vítima de sua própria incompetência em gerir a Educação no País. Ele liberou a consulta ao espelho da redação, em fevereiro, e o site do jornal O GLOBO publicou uma reportagem pedindo que estudantes enviassem redações com nota 1.000, junto com seus comprovantes, com o objetivo tolo de mostrar que maravilha são nossos estudantes. Taí o resultado.
Normalmente, jornalistas só falam besteira, mas dessa vez eles marcaram ponto. Eles digitaram aquele monte de besteiras, omitiram os dados dos alunos para evitar constrangimentos (e não tomarem um processo do tamanho do mundo por isso) e enviaram ao MEC. O que aconteceu foi uma enxurrada de paninhos quentes e desculpas que não deveriam existir, a fim de não encararem a realidade: o Ensino está a merda que está por causa do próprio MEC, e eu já publiquei aqui trocentos artigos sobre isso. Prefere-se que o aluno escreva errado, pois caso contrário seria preconceito linguístico. Isso quando não votam por ensino religioso e banimento de escritores ou mesmo queima de livros. Este é o legado da nação: uma legião de analfabetos!
A culpa é deste sistema escroto, onde os examinadores parecem pensar só no quanto ganharão com a tarefa de dar notas nas provas, quando sequer as leem. Isso fica evidenciado quando vemos que um dos alunos estava belo e faceiro redigindo sua redação, quando no meio dela resolveu sacanear e escreveu uma receita de miojo. MIOJO!
Não conseguiu ler direito? Ok, taí a transcrição:
Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva.
O corno ainda escreveu "ml’s", e eu nem sei que merda de unidade é essa. Não pode ser plural de mililitros, já que símbolos de unidades, assim como siglas, não têm plural e muito menos apóstrofe-S. Sem falar que a gramática dessa "receita" está sofrível, também. Das 24 linhas da redação, quatro foram para a receita. Aliás, que redação bunda é essa de 20 linhas? Que bosta!
Estão em dúvida se o autor dessa magnífica obra de arte escreveu para encher linguiça, testar a avaliação ou simplesmente sacanear o examinador. A resposta é clara a qualquer pessoa com mais de 12 anos: todos os 3, bando de idiotas! O pior que o aluno provou que ele tinha razão, e nosso sistema de avaliação é uma verdadeira merda.
Mimimi, e você que fica escrevendo palavrão no artigo?
Foda-se! Ou, para ser um pouco educado e lexicamente mais aceitável: encontre um elefante e permita-o que lhe sodomize.
Não ha muito o que falar. Os pedagogos e toda a escória que protege os coitadinhos aparecerão arrumando mil-e-uma desculpas, quando isso apenas explica nossa falência educacional e o porque de haver 60% de alunos com analfabetismo funcional nas faculdades. Agora, o governo federal corre atrás do prejuízo e pretende resolver a situação de bons alunos que merecem um ensino decente: eles ganharão bolsas para estudar fora e ralarem peito daqui o mais rápido possível. Tolos serão eles se voltarem.
Ah, sim, nunca é demais lembrar:


Fonte: ceticismo.net 2013

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