segunda-feira, 8 de julho de 2013

ROTA DO DINHEIRO K

Patrimônio dos Kirchner cresceu 46 vezes em 15 anos

As declarações de renda do ex-presidente Nestor Kirchner, entre 1995 e  2010, foram mostradas no programa de televisão ‘Periodismo Para Todos’ (PPT, Jornalismo Para Todos). O jornalista Jorge Lanata revelou ainda como Kirchner fez tal fortuna.



Cada vez que perguntam à presidente Cristina Kirchner sobre a origem de sua fortuna ela responde que foi uma advogada bem-sucedida e que o escritório de advocacia que montou com seu marido, Néstor Kirchner, em Rio Gallegos, na Patagônia, era um dos mais importantes da cidade.



Domingo, 23 de junho, o programa ‘Periodismo para todos’ mostrou as 22 propriedades que Néstor e Cristina compraram durante a última ditadura militar (1976-1983) e as inconsistências do patrimônio deles, que cresceu 46 vezes de 1995 até 2010.



O ex-presidente governou a Argentina entre 2003 e 2007 e morreu em 2010. Sua sucessora é sua esposa e viúva Cristina Kirchner.




Lanata contou que a produção do programa teve acesso ao expediente da primeira causa por enriquecimento ilícito aberta na Justiça Federal, em junho de 2004, um ano após a chegada de Néstor à Casa Rosada, a sede da Presidência argentina.



Essa causa caiu nas mãos do ex-juiz Juan José Galeano e depois que ele foi destituído passou para Julián Ercolini, que arquivou o processo em 2005.



Nesse expediente estavam as declarações de bens pessoais apresentadas por Néstor Kirchner à Administração Federal de Ingressos Públicos (AFIP, equivalente à Receita Federal), de 1995 a 2003.



Segundo a análise da ex-diretora da Unidade de Informação Financeira (UIF), Alicia López, o casal Kirchner não tem como explicar a origem de sua riqueza.



Para ela, o fato de Néstor e Cristina terem comprado 22 propriedades em cinco anos é “uma operação suspeita”.




Segundo explicou o ex-deputado Javier Bielle, quando os Kirchner montaram o escritório de advocacia em Río Gallegos, em 1976, tinham “informação qualificada” que lhes permitiu comprar casas que seriam leiloadas a preço muito baixo e obter, ao mesmo tempo, financiamentos, em bancos locais, que quitavam com os aluguéis que estas propriedades geravam.








Mas o verdadeiro salto patrimonial da Presidente e do ex-mandatário não foi possível com os aluguéis, mas com a política.




O primeiro cargo de Néstor Kirchner como funcionário público foi na Caixa de Previsão Social da província de Santa Cruz, onde trabalhou de 1983 até 1984.




Depois, em 1987, ele foi eleito prefeito de Río Gallegos, cargo que deixou em 1991 para assumir como governador, de onde saltou para a Presidência em maio de 2003.



Sua receita por cargos públicos e aluguéis não variaram de maneira substancial entre 1995 e 2003: a soma dos dois oscilou entre 160 mil pesos e 210 mil pesos.



Em 1995, Néstor disse ter economizado 120 mil pesos e declarou quase dois milhões de pesos em contas bancárias, 657 mil pesos em sua conta corrente.


No ano seguinte, essa conta chegou a 819.059 pesos.



Em 1997, Kirchner declarou 2.306.598 pesos em contas bancárias e a conta corrente chegou a quase um milhão.



No ano seguinte superou o milhão, quando ele declarou 1.095.535 pesos.



Em 1999, Néstor Kirchner passou sua aplicação de renda fixa de pesos a dólares, colocando-o a uma taxa anual de 15%, muito acima da média da época.




Em 2000, apesar da crise, o patrimônio dos Kirchner continuou crescendo e terminou o ano com 4.424.940 pesos/dólares na conta corrente e em aplicações de renda fixa.


Naqueles tempos, a economia argentina era regida pela conversibilidade, com o peso atrelado ao dólar, na paridade entre as duas moedas.



Em 2001, quando a Argentina tinha começado a entrar na sua histórica crise, antes do “corralito” (confisco) financeiro, Kirchner tomou outra boa decisão: tirou todas as suas economias do país, declarou uma aplicação de renda fixa no exterior de 1.815.274 dólares e sua conta corrente milionária desapareceu.



Um ano depois, em 2002, Néstor trouxe 400 mil dólares dessa aplicação de renda fixa de 1.815.274 dólares, e os transformou em 1 milhão e 300 mil pesos.



Mas a sua grande decisão - e que gera desconfianças de que ele tenha recebido informação privilegiada - foi ter passado seus pesos a dólares antes da queda da conversibilidade: de 2.119.252 pesos passou a ter 7.532.751 pesos.







Em 2003, ano em que chegou à presidência, Nestor Kirchner declarou à AFIP uma renda isenta de impostos de 3.730.000 pesos.



Segundo a análise que Alicia López fez desses documentos, a origem desses fundos não tem explicação.



Além do mais, os especialistas em finanças admitem que não existe negócio ou investimento declarado que permitisse ao casal Kirchner obter essa renda milionária.


Fonte: clarín 2013
link:
http://www.clarin.com/br/Patrimonio-Kirchner-cresceu-vezes-anos_0_943705952.html

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