quarta-feira, 19 de junho de 2013





Protesto contra o aumento das passagens: Balas de borracha 'não letais', sim, podem matar, e aí ? Principalmente usadas de forma irresponsável pelo poder público no Brasil

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A matéria é clara, a tais balas de borracha podem matar.

Principalmente aqui no Brasil, quando usadas de forma irresponsável, e sem cumprir as exigências e regras corretas.

"Bala de borracha nos olhos dos outros é refresco", para um porco de um político que fica viajando por Paris, ou dentro de um luxuoso gabinete, é fácil dar a ordem, "DISPARA GERAL" !!!

Até agora, não li, ou vi nada de concreto, no que se refere a alguma investigação contra o poder público sobre os excessos cometidos, e aí ? Vão abafar, mesmo jornalistas sendo gravemente feridos ?

Fotos tiradas de uma matéria da Revista Veja



Folha.com de hoje

Artigos em revistas médicas de vários países, baseados em experiências em todo o mundo, deixam claro: as "balas de borracha" são na verdade armas "menos letais", em vez de "não letais". 

Elas produziram várias mortes e ferimentos incapacitantes em locais como a Irlanda do Norte, Israel/Palestina, Caxemira (Índia) e mesmo o Brasil. Obviamente, muito menos do que se fosse usada munição letal real. 

Os estudos deixam claro duas coisas: os ferimentos ou mortes se devem tanto a um tipo de munição pouco recomendável como à falta de disciplina no uso. 

Em vez de atirar no chão ou mirando nas pernas, a distâncias de mais de 40 metros, os policiais dispararam de perto contra o tronco ou a cabeça, contrariando as "regras de engajamento" da polícia. 

As tais balas de borracha -que hoje também podem ser de plástico- foram introduzidas pelos britânicos durante o conflito na Irlanda do Norte em 1970. Eram uma espécie de "cassetete disparado", feito de borracha com 15 cm. Depois vieram balas menores, disparáveis de fuzis comuns com carga menor de explosivo propelente. 

Os britânicos foram os maiores usuários da história. Entre 1970 e 1975 foram disparados 55 mil dessas balas na Irlanda do Norte. 

Uma pessoa morreu a cada 16 mil disparos; um em cada 800 teve ferimentos sérios, e um em cada 1.900 teve lesões incapacitantes. 

PERIGO
 
Os israelenses foram grandes usuários desse arsenal teoricamente "não letal" durante os distúrbios palestinos conhecidos como Intifada. 

Mas suas balas, menores, com núcleo de metal, foram mais perigosas. Mataram em média, dez vezes mais pessoas do que as balas de borracha britânicas na Irlanda do Norte. De 1987 a 1993, foram mais de 20 mortos. 

De calibre menor, as balas israelenses também eram bem mais perigosas se atingissem o peito, a cabeça e, principalmente, os globos oculares. Cegueira é um risco, mas já houve caso de bala de borracha que atingiu o globo ocular em um ângulo letal, fazendo a bala penetrar o cérebro e matar na hora. 
Um estudo feito pela equipe de João Rezende Neto, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), publicado na revista médica "World Journal of Emergency Surgery", revelou um caso de penetração do peito por bala de borracha que precisou de cirurgia para ser retirada, e tratar dano ao pulmão. 

Palavras chaves: protesto, contra, aumento, passagens, ônibus, tiros, balas, borracha, não, letais, podem, matar.
Blog: Ricardo Gama 2013

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